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| REUTERS/AMIR COHEN |
De acordo com o artigo publicado na revista científica Antiquity, no início desta semana, os 11 crânios encontrados pertenciam a adultos, de ambos os sexos, à excepção de um que era de um bebé. Todos eles tinham uma abertura na base, na parte de trás, sítio onde teriam passado as estacas de madeira.
“Não há sinais de decapitação”, disse a co-autora do trabalho científico, Sara Gummesson, à National Geographic. “É provável que os crânios se tenham separado dos corpos durante a decomposição”, acrescenta.
Também não há uma explicação para o sítio onde foram encontrados. Os arqueólogos acreditam que é possível que as vítimas tenham morrido ou sido assassinadas noutro lugar e depois transportadas para o sítio do enterro, que há oito mil anos era um lago pouco profundo, com o fundo coberto por pedras, sobre as quais foram depositados os corpos.
Análises de ADN aos crânios mostram que dois dos homens eram aparentados. “Provavelmente não eram irmãos, podiam ser primos ou parentes distantes”, disse Fredrik Hallgren, um dos arqueólogos à frente do projecto à National Geographic. Os investigadores ainda não sabem o que terá provocado as agressões nem o que poderá ter sido a causa da morte.
Com a investigação, os especialistas esperam perceber porque estão os crânios no topo de estacas, admitindo que se poderia tratar de uma forma de assustar os inimigos. Esta descoberta torna-se especialmente interessante tratando-se de crânios de caçadores-recolectores do Mesolítico, conhecidos por se desfazerem dos seus mortos de um modo simples e respeitoso.
“Ainda há muitos aspectos que podem ser discutidos sobre estas descobertas”, afirmou Gummesson, “e acredito que se deve manter uma mente aberta sobre qualquer novo resultado que possa surgir da continuação deste trabalho”.
Fonte: Público.pt


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