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| Carapaça de tatu gigante foi encontrada na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul (Foto: Gilvan Peters/UFSM) |
Avisados da descoberta, paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foram até o local em dezembro e recolheram parte do fóssil, que depois foi enviado para o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa), no município de São João do Polêsine, onde está sendo pesquisado e reconstituído.
De acordo com a UFSM, a importância da descoberta não se deve exatamente à raridade de fósseis, já que fragmentos de gliptodontes já haviam sido encontrados no Rio Grande do Sul. A diferença é que agora não se trata apenas de pedaços desconexos, mas da carapaça mais completa já encontrada no estado.
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| Ilustração retirada do livro 'Bestiario Fósil', de Analía Forasiepi, Agustín Martinelli e Jorge Blanco (Foto: Reprodução/UFSM) |
Os paleontólogos Leonardo Kerber, Flávio Pretto e Rodrigo Müller foram até o local no dia 14 de dezembro para coletar o fóssil. Conforme a universidade, por causa da chuva forte, não foi possível recolher o material inteiro. Alguns pedaços se soltaram. Eles serão restaurados com o auxílio de colas e resinas acrílicas.
Ainda não foi possível determinar a espécie, segundo a UFSM, já que existiam diferentes tipos de tatus gigantes no Pleistoceno, período em que esses animais viveram, entre 2,58 milhões e 11,7 mil anos atrás, aproximadamente.
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| Paleontólogos Flávio Pretto e Leonardo Kerber participaram da retirada do fóssil (Foto: Gilvan Peters/UFSM) |
"Com essa reação em cadeia, a natureza se adaptou ao novo conjunto de fatores. Embora há milhares de anos ninguém mais veja tigres, ursos e parentes dos elefantes circulando livremente pela região, ainda é possível encontrar tatus. Hoje eles são menores, mais velozes, mais hábeis em esconder-se dos predadores e têm uma taxa de natalidade maior que a dos seus ancestrais, características que garantem a conservação da espécie", conclui.
O Cappa, para onde o fóssil foi encontrado, pode ser visitado em São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul. No local está exposta uma mostra constituída por fósseis e réplicas de esqueletos de dinossauros e outros animais pré-históricos.
Fonte: G1




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