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| Frágeis, mas muito antigas |
Tratam-se de escamas do tamanho de um grão de poeira, que cobriam suas asas, disse o professor Bas van de Schootbrugge, da Universidade de Utrecht, na Holanda.
Os cientistas usaram ácido para dissolver as rochas, deixando pequenos fragmentos, que incluíam essas escamas "perfeitamente preservadas".
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| 'Escama' de borboleta vista no microscópio: descoberta recente ajuda a explicar origem desses animais | Foto: Bas van de Schootbrugge |
Os pesquisadores dizem que podem aprender mais sobre a conservação desses animais a partir do estudo da evolução primitiva deles.
Durante a pesquisa, os cientistas descobriram algo intrigante. Segundo eles, algumas das mariposas e borboletas daquele tempo pertenciam a um grupo vivo até hoje, com línguas compridas que funcionam como tubos para sugar o néctar das flores.
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| Mariposa viva: DNA delas e das borboletas são as principais bases para pesquisas, uma vez que evidências fósseis são raras | Foto: Hossein Rajaei |
"E mostram que o grupo, que supostamente se desenvolvia junto com as flores, é, na verdade, muito mais antigo."
No período Jurássico, o mundo era dominado por plantas gimnospermas, como as coníferas, que produziam um néctar adocicado para capturar o pólen do ar.
Os insetos primitivos podem ter se alimentado desse néctar antes de as plantas com flores surgirem, há cerca de 130 milhões de anos.
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| As escamas recém-descobertas são semelhantes às que são vistas nesta mariposa | Foto: Hossein Rajaei |
O estudo, publicado na publicação científica Science Advances, dá pistas de como borboletas e mariposas se espalharam por todo o mundo, chegando a todos os continentes, exceto a Antártida.
Os Lepidópteros primitivos sobreviveram à extinção em massa registrada no período Triássico, que eliminou muitos outros seres vivos.
Segundo Timo van Eldijk, também da Universidade de Utrecht e principal pesquisador no estudo, o conhecimento obtido a partir das novas descobertas vai ajudar a atualizar esforços modernos de conservação.
A informação é "crucial para nos ajudar a reconstituir como as mudanças climáticas causadas pelo homem poderão afetar os insetos e a evolução deles no futuro", disse.
Borboletas e mariposas são criaturas frágeis, o que significa que evidências fósseis são raras.
Por causa disso, cientistas têm se baseado principalmente em evidências de DNA de exemplares modernos, que podem ser usados para criar uma árvore evolutiva da existência delas.
Fonte: BBC News





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