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| Anatomia do crânio da Piranha Negra e fóssil de dentes da extinta Megapiranha paranensis |
Para efeito de comparação, enquanto um Tiranossauro, que podia pesar até nove toneladas, tinha uma força de mordida de 6 toneladas, a Megapiranha, do alto de seus 10 quilos, podia morder com uma força de até 485 quilos. "Ou até mais", segundo pesquisa publicada na última edição da Scientific Reports, da Nature.
A Megapiranha era um peixe ancestral das piranhas modernas que viveu onde atualmente é a bacia do rio Paraná, em território argentino. Para estimar sua mordida, os pesquisadores usaram os dados da Serrasalmus rhombeus, conhecida como piranha negra, que possui uma mordida 30 vezes mais forte que seu próprio peso.
Com base nestes números, os pesquisadores afirmam que a Megapiranha e a piranha negra têm a mais potente mordida entre os peixes carnívoros, vivos ou extintos, suplantando espécies como o Megalodon e Dunkleosteus terrelli, um peixe pré-histórico de quatro toneladas que tinha carapaça e viveu no período Devoniano da Era Paleozoica, entre 416 e 359 milhões de anos atrás.
Ainda não se sabe qual era a real dieta das Megapiranhas, mas a pesquisa afirma que durante o tempo em que viveu a maior parte das espécies das presas potenciais eram gigantescas. "Assim, é razoável supor os recursos alimentares disponíveis para a Megapiranha provavelmente teriam exigido força na mandíbula e armas dentais capazes de capturar e processar presas muito grandes", diz a pesquisa. Além da força da mordida, a Megapiranha parece ter tido dentes capazes de corte através dos tecidos moles do jeito que as piranhas de hoje fazem, além de perfurar conchas grossas e rachar blindagens e ossos.
De acordo com uma das autoras do estudo, Stephanie Crofts, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, se os cálculos da pesquisa estiverem corretos, a Megapiranha provavelmente foi um predador esmagador de ossos que mordia tudo e qualquer coisa. "Descobrimos que os dentes da Megapiranha tinham a mesma força máxima de uma piranha regular, mas os padrões de distribuição de tensão dentro do dente eram também similares aos peixes capazes de comer presas difíceis."
Fonte: Veja e Scientific Reports


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